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terça-feira, 1 de abril de 2014

A BALEIA, O GOLFINHO E O PESCADOR JAPONÊS


Ontem e hoje, as notícias apresentaram os europeus, percursores da revolução industrial no século XVIII mas atualmente os mais preocupados com a ecologia, a chegar a um acordo para que os japoneses não pesquem tantas baleias como o costume, interditando a pesca na Antártida que tem sido feita ao abrigo dos seus programas científicos, pois pescar mais de 400 baleias por ano só por aquele país, em pouco tempo esta espécie extingue-se.
Uma baleia anda na barriga da mãe entre 9 e 16 meses, conforme o tipo de baleia e de uma forma geral demoram três anos para nova reprodução.
Existem mais de 200 países e muitos deles maiores que o Japão, se todos pescassem 400 baleias por ano dava um total de 80 000 baleias num total de cerca de 320 000.
A maior baleia, a azul, pode atingir 180 toneladas e tem muita carninha, como se pode deduzir.
Por outro lado, os japoneses têm uma forte tradição no consumo de carne de baleia, de tal modo que nos anos de fome depois da Segunda Grande Guerra Mundial esta carne preenchia mais de 45% da fonte de proteínas que eles comiam.
O seu programa científico com carne de baleia, permite pô-la à venda ao público depois de ser usada nas pseudo experiências, alimentando as ementas de restaurantes e as prateleiras de supermercados.
O caso dos golfinhos é idêntico, a sua carne é muito apreciada neste país e como tal pescam 23 000 destes animais por ano que são comidos em casa e nos restaurantes, por um bom preço, sendo ainda alguns vendidos por milhares de euros a aquários nacionais e estrangeiros, podendo um golfinho bem treinado valer 150 000 $US.
Já fui ver um filme no cinema que abordava a caça desumana dos golfinhos no Japão e o seu encobrimento: era um filme realizado por um ativista defensor destes animais, mas o único espetador fui eu! Estou a falar numa sala de cinema num centro comercial, onde os filmes de ação cheios de cenas de porrada, desastres e assaltos enchem as salas.
Os cerca de 130 milhões de japoneses têm dificuldade em abastecer-se da agricultura, estando vocacionados para o mar e gostando destes sabores: imaginem serem habituados pela mãe àqueles pratos de carne saborosa de vaca, de porco e de coelho e de repente depois de adultos interditarem o comercio destas carnes?
É esse sentimento mais o grande lucro dos comerciantes destas carnes marinhas que provoca esta atitude japonesa extinssora desta espécies.
 PensaCM

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