Muitos miúdos irrequietos daqueles teimosos que querem tudo e mais alguma coisa a quem os pais tentam satisfazer os seus caprichos em vez de os educar: querem ser astronautas.
Cursos de engenharia espacial e astronáutica são os que atualmente têm médias mais altas para entrar e alguns desses meninos gora adolescentes e que até conseguiram ter boas médias escolares tentam entrar nesses novos cursos para poderem vir a ser astronautas. Altamente.
Só que já se percebeu que para ser astronauta daqueles que ficam sem gravidade durante semanas e meses é necessário ser disciplinado, resiliente, amigável, pouco arrogante e também ter inteligência suficiente para tal.
O menino arrogante que queria tudo e era impaciente não tem capacidades para ser astronauta, assim cada vez mais vamos ver astronautas orientais, daqueles que têm aquela complacência que devia ser natural no ser humano e não um ocidental ofegante, ansioso e que quer tudo para já, sem paciência e produto do capitalismo consumista e chamado de sucesso.
Este tipo de seleção não será compatível com a mentalidade de atrasado mental vigente no ocidente, onde tem de haver cotas para tudo e as minorias têm de ter mais oportunidades que os outros, pois se formos por aí serão as missões e os milhões que estarão em causa.
No espaço o corpo humano definha rapidamente, pois o cérebro ao não sentir o esforço da força gravítica passa a libertar-se do supérfulo, enfraquecendo ossos, músculos e diminuindo a vascularização.
O coração torna-se fraquinho e por aí fora, logo a disciplina do exercício físico diário é fundamental, a falta de estimulação variada para os sentidos é permanente, não há intervalos, estar sempre com os mesmos é outra constante, tem de se gostar ou suportá-los no mínimo, não nos podemos livrar deles durante todo aquele tempo.
Não há férias de praia, nem viagens a sítios engraçados, aquilo também são as férias e a variedade de ambientes é o que se vir das escotilhas.
Pois é, ser calmo, resiliente e pouco exigente é a base de um astronauta.
PensaCM
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