Uma rapariga ou uma jovem senhora confessou publicamente que tinha o sonho de ser nómada digital, então criou as condições: apresentações na net sobre temas de grande audiência até te-las, a partir daqui pôde largar o emprego fixo que tinha e começar a viajar ficando aqui e ali durante semanas, meses ou até anos.
Pois a jovem ambiciosa fez-se à viagem e passou a permanecer em locais de países diversos, numa caminhada que ao fim do dia acabava normalmente sozinha,os amigos eram conversas digitais, as comidas eram o que os restaurantes faziam e a cama era o que encontrava à medida do bolso dela.
Ao fim de poucos anos sentia-se abandonada, sem um corpo familiar para recorrer à sensação tátil, os amigos eram uma diluição cada vez maior no mundo digital, nada em concreto e as refeições acabavam várias vezes em intoxicações alimentares, entre outros males.
A jovem ambiciosa da sua independência financeira conseguiu-o mas o custo foi sentir-se um balão de hidrogénio que largado sobe até ao éter do espaço, torna-se totalmente desenraizado da mãe Terra.
Como esta jovem há muito outros que ao fim de uns tempos concluem que passar a vida a viajar não é vida, além de que polui muito, por dentro e por fora.
PensaCM
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