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quinta-feira, 2 de março de 2023

375 MIL DESEMPREGADOS

 


Os números do desemprego em Portugal subiram para 375 000 pessoas que oficialmente não têm emprego, são 7.1 % da população chamada ativa, este número não conta com os pré reformados e com os reformados antecipados, nem sequer o número é a realidade pois há quem esteja desempregado mas não é aceite como tal.

Quem são estes desempregados? Qual a qualificação deles? Porque não se arranja emprego para eles?

Estão a viver baseados no quê?

Estas perguntas não são analisadas nos mass média nem nos debates políticos que levam às decisões.

A análise destes números e do porquê dos mesmos deve-nos fazer consultar quem não aceita os empregos que lhes propõem e porquê, detetar quem na realidade não quer trabalhar e o pode fazer e porquê e depois disso tem de se aplicar a constituição a essas pessoas, direitos e deveres, de seguida a lei que deve ser constitucional e levar em conta a sustentabilidade dessa pessoa.

Quando pomos a constitucionalidade a cobrir todos passamos a falar de salários dignos e custos de vida sustentáveis.

Mas quando vemos e ouvimos notícias, este assunto é mostrado como meras estatísticas e a grande discussão passa a ser a condescendência com os imigrantes e a falta de quem nos pague as reformas, mas nunca se fala na sustentabilidade do salário relativamente ao custo de vida atual e o previsível.

E a realidade é que um ordenado bruto legal de 1000 € gera 220€ de desconto pelo patrão e mais 110€ de desconto pelo empregado para a Segurança Social que vão cobrir as reformas e os subsídios de desemprego.

Se os descontos do exemplo forem diretamente para sustentar um reformado que ganha 1000 € então serão necessários 3 trabalhadores legais para cobrir aquele ordenado, mas a estrutura da Segurança Social tem custos, salários, edifícios, tecnologia, manutenção, etc.

Então neste exemplo 3 trabalhadores legais não são suficientes para pagar uma reforma igual ao ordenado dos trabalhadores ativos contribuintes.

Por outro lado o empresário para rentabilizar o seu investimento necessita de lucros de preferência bons e poucos custos, logo o os salários a pagar, do ponto de vista dele, é um custo que deve ser o mais baixo possível, interesse contrário ao da Segurança Social.

O empresário para baixar os custos recorre a salários baixos sempre que pode e também a esquemas de subsídios altos que não contribuam para a sua fatia de pagamento para a Segurança Social, o que leva a menores contribuições para o sistema social, por outro lado esses assalariados ao não terem nível de vida vão procurar consumos na economia paralela que não paga impostos: aluga um quarto com outros colegas sem fatura ou sub faturado e nunca pede fatura nas suas compras para não ter de pagar IVA's quando isso encarece o seu consumo.

É assim que um país que promove mão de obra mais barata que a dos seus reformados e não liga muito à fuga aos impostos nestas pequenas coisas economicamente endémicas se vai afundando ou então puxa pelos impostos por todo o lado para compensar.

PensaCM

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