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quarta-feira, 15 de março de 2023

OPERACIONALIDADE

 



Em estado de guerra ou pré guerra a operacionalidade das Forças Armadas de um país é segredo, pois não se pode expor as fragilidades ao inimigo, nem sequer se deve dar a entender as deficiências existentes, pois caso contrário está-se a indicar onde e como nos atacar.

Uma forma eficaz de dominar o inimigo é ter militares desse inimigo que passam informação cá para fora ou que se negam a cumprir ordens criando indisciplina, de preferência negando-se a atacar ou vigiar.

A carreira militar não é para todos, tem de haver confiança na equipa e na hierarquia, ao contrário da vida civil onde se pode reivindicar no trabalho mais salário, mais condições, fazer até certo tipo de chantagens no sentido de forçar o empregador a dar-nos benefícios.

Quando se entra para militar é como entrar numa prisão em que se está preso à disciplina, ao segredo da profissão e à simulação do engodo.

Por outro lado todos sabemos que os políticos conscientes não gostam de desperdiçar orçamentos com as Forças Armadas, dando-lhes só aquilo a que não podem fugir, por outro lado toda a tecnologia militar é caríssima e sustenta-se numa manutenção contínua para sustentar o chamado negócio das armas.

A vida não é fácil e o suporte das organizações sociais chamadas países muito menos: sobrevive-se de simulações, blufs, investimento, investigação contínua e relevante, diplomacias eficazes, umas tropas ameaçadoras e uma robustez económica que aguente impactos fortes: tudo isto só para não ser atacado. Mas quem tem tudo isto no ponto?

- Ninguém!

A Rússia ontem deixou sair a observação de um militar de alta patente numa fábrica de munições que disse mais ou menos isto:

É preciso aumentar a produção... e a produtividade para baixar os custos que estão muito altos.

Vê-se assim que não são só os marinheiros portugueses que mostram as fragilidades do seu sistema militar os próprios generais da Rússia em plena guerra também dizem o que não deviam.


PensaCM

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