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quinta-feira, 16 de março de 2023

MAIS 0.5 %

 


Lagard a ex Ministra das Finanças francesas, ex Presidente do FMI e atual Presidente do BCE subiu hoje mais uma vez 0.5 % no preço do dinheiro comprado ao banco central, o que terá como consequência a subida de juros a pagar aos bancos e menos dinheiro disponível no bolso do cidadão para alguns e desistir de compra de casa para outros.

Embora os problemas dos três bancos nos USA e a ameaça de derrocada do Crédit Suisse, o BCE acabou a subir os mesmos 0.5 % habituais no preço do seu dinheiro, embora esteja detetado que o consumo não tem subido mas sim os preços de retalho, a formula quadrada de reduzir a inflação continua a ser aplicada.

Os donos e representantes das grandes superfícies continuam a dizer que não têm nada a haver com a continua inflação dos produtos alimentares, ao falarmos com os intermediários ficamos a saber que também nada têm a haver com os aumentos e os agricultores afirmam-se vítimas do baixo preço imposto pelas grandes superfícies. É a chamada pescadinha de rabo na boca.

A grande acionista do Continente veio à TV chamar à atenção de que se fosse imposto o preço aos alimentos então existiria uma grande probabilidade de as prateleiras passarem a ficar vazias porque o produtor iria procurar vender a países onde o preço fosse livre.😂

Nós consumidores ficamos assim sem saber onde o preço sobe realmente, pois os combustíveis estão muito mais baixos deixando de ser uma desculpa para as subidas vertiginosas.

Por curiosidade: se um camião de 10 toneladas de alimentos ficou sujeito a uma subida de 60 cêntimos por litro de combustível e se gasta nas suas voltas 18 litros / 100 Km então passou a pagar mais 18*0.60 € = 10.8 € por cada 100 Km andados, isso significa 10.8 € / 10 000 kg = 0.001 € / kg (um milésimo de € por quilo a mais de despesa numa rota de 100 Km neste transporte). Este exemplo é o de um camião pequeno comum na distribuição de produtos alimentares para minimercados e mercearias pelo país fora e considerando um consumo de combustível elevado.

A refrigeração dos frescos, congelados e ultra-congelados acrescenta mais valor ao produto vendido mas mesmo assim não tem nada a haver com as subidas existentes e para corroborar isto constatou-se que nenhum vendedor de retalho falou na subida de custos por quilo devido à refrigeração, só falam nos totais mensais para parecer muito.

Desde a produção ao retalho estão todos a ganhar e o juro a subir.

PensaCM


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