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domingo, 26 de março de 2023

ZERO IVA NOS ESSÊNCIAIS



Decidiu-se que uns certos bens essenciais deviam ser taxados com zero por cento de IVA.

Efeitos:

1- o comerciante retalhista se quiser baixa o preço do produto equivalente ao valor do IVA, mas não é obrigado a isso.

2 - vai haver um acordo com os retalhistas para que baixem o preço ao consumidor num valor igual ao IVA, mas acordos leva-os o vento.

3 - há uns meses atrás, também se baixou o IVA nos combustíveis mas só se repercutiu parcialmente no preço ao consumidor nuns casos e noutros nem isso.

4 - todos os negócios que mantêm o IVA de 23% estão a subsidiar os que têm menor IVA que isso, não há igualdade de oportunidades entre negócios.

5 - é uma oportunidade para que o comerciante beneficiário de não IVA poder ganhar mais, desde o pequeno comerciante ao grande retalhista como os hipermercados.

6 - se há quem aponte o dedo aos lucros de centenas de milhões das grandes superfícies referentes a 2022, então essas centenas de milhões poderão subir à pala desta benesse do IVA com acordo mas não obrigatório.

7 - antes do acordo que vão fazer com os retalhistas estes têm tempo de subir os preços para depois o poderem baixar de acordo com a remoção do IVA, mas ficando com uma margem de lucro ainda maior do que tinham antes.

8 - quem é abastado tem o mesmo benefício de quem já só tem dinheiro para a alimentação.

Na realidade remover o IVA pode não afetar o preço ao consumidor, o que iria baixar obrigatoriamente o preço seria limitar a margem de lucro em toda a cadeia desde a produção ao retalho.

É de notar que os ditos produtos alimentares essenciais são definidos como saudáveis mas ainda não foram definidos quais são.

Para além disso o acordo é com as grandes cadeias de distribuição/retalho, o pequeno e médio comerciante não parece entrar.

Bloggersapão

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